Intolerância à lactose e alergia ao leite

As reações adversas a alimentos, como intolerâncias e alergias alimentares, variam muito quanto a sintomas, gravidade, causas, diagnósticos e tratamento. Ainda há muita confusão sobre as duas situações, apesar de serem diferentes.

Alergias Alimentares: a alergia alimentar acontece quando o sistema de defesa do corpo (sistema imunológico) reage a certos alimentos. Afeta cerca de 8% das crianças e 10% dos adultos.

As alergias mais comuns, que aparecem na infância, são a leite, ovos, trigo, nozes, amendoins, mariscos, peixes e soja. Já na fase adulta, as alergias mais frequentes costumam ser ao amendoim, nozes e frutos do mar, enquanto as demais tendem a desaparecer. Os sintomas variam de reações graves, como anafilaxia a problemas de pele, respiratórios ou gastrointestinais (vômito, diarreia, dor abdominal, esofagite eosinofílica).

O diagnóstico das alergias alimentares muitas vezes é difícil, portanto, uma análise detalhada dos sintomas e do histórico do indivíduo é fundamental. Diários alimentares, onde se anotam os alimentos e a presença de sintomas é imprescindível nos casos em que há dúvida. Pessoas com histórico de problemas de pele têm mais chances de ter alergias alimentares.

Dietas restritivas, se prescritas diante de um diagnóstico incorreto de alergias pode ter grandes consequências sobre a nutrição e/ou qualidade de vida. Eliminar alimentos injustificadamente pode resultar na perda de tolerância e aumentam o risco de uma reação.

No caso da alergia ao leite, como a APLV (Alergia à Proteína do Leite de Vaca) é mais comum em crianças de até 24 meses e os principais sintomas são cutâneos (como urticária, dermatite tópica, coceiras e inchaços na face), digestivos (como refluxos, vômitos, cólicas), respiratórios (como respiração difícil, tosse seca, sensação de garganta fechando), além de baixo ganho de peso, atraso no crescimento e desenvolvimento.

Intolerâncias Alimentares: estima-se que as intolerâncias alimentares afetem cerca de 20% da população. Diferentemente da alergia, a intolerância não envolve uma reação imunológica e pode acontecer por diferentes razões, como reações aos alimentos ou problemas com a produção de enzimas pelo corpo. A intolerância à lactose é amplamente estudada e entendida pela medicina, mas algumas outras intolerâncias, como a sensibilidade ao glúten sem doença celíaca, ainda há pontos a serem descobertos.

As intolerâncias mais comuns são a lactose, frutose, sacarose e frutano, sendo a intolerância à lactose a incapacidade de digerir o açúcar encontrado no leite ou derivado, devido a ausência ou insuficiência da enzima lactase. Indivíduos intolerantes tem níveis insuficientes de enzima de lactase. Os principais sintomas são gástricos, como gases, inchaço abdominal, diarreia, azia.

Para a intolerância à lactose, atualmente existem enzimas que são vendidas em farmácias e que possibilitam que o intolerante consuma leites e derivados sem ter sintomas gastrintestinais indesejáveis. As enzimas devem ser ingeridas imediatamente antes do consumo de leite e seus derivados e não é um medicamento. Ela deve ser utilizada em todas as refeições que contenham lactose, podendo ser consumida diversas vezes por dia e todos os dias.

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Intolerância à lactose e alergia ao leite

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